Acordei com a notícia de que obras de grandes mestres das artes plásticas foram roubadas em Paris. O roubo aconteceu no Museu de Arte Moderna e foi descoberto apenas às 7 da manhã de hoje (quinta-feira, 2 da manhã no Rio). Não me conformo com o fato do acontecimento só ter sido notado pouco antes da abetura do museu! Quebraram uma janela e uma fechadura, pelo amor de Deus! É claro que tudo foi muito bem planejado, não são ladrões comuns como muito se pensa. E aí? Quando irão perceber que o tráfico de obras de arte está concorrendo financeiramente apenas com o de armas e o de drogas? A Interpol já notou esse "pequeno" detalhe.
De que adianta terem filmado um criminoso encapuzado, se não havia nenhum alarme ligado? O sistema de segurança estava fora do ar há dois meses! (Sim.. estou falando de Paris!!!) Até na empresa - privada - a qual trabalho temos vigias noturnos, alarmes e etc., para proteção das obras. Não vou negar que erros acontecem, mas ficar fora do ar por meses é implorar por um erro colossal. O que aconteceu?
As molduras foram retiradas com cuidado meticuloso para não haver dano nas telas. Será que cobrarão resgate se o cerco for fechando? Isso é muito comum.
Irônico continuar ouvindo a pergunta: "Mas como irão vender isso!? Pra quê?". É claro que existe um mercado imperceptível a nós comuns cidadãos. Obras são leiloadas por centenas de milhões de reais todos os anos para deleite de colecionadores. Esse é um mercado muito importante. E encomendas, neste caso, devem ter sido feitas.
Cabe agora a Interpol acelerar as investigações antes que as peças saiam do país. O que com certeza só irá acontecer daqui a um tempo, quando a poeira abaixar ou quem sabe, já aconteceu durante essa longa madrugada, enquanto ninguém procurava por elas.
No ranking das mais roubadas, Picasso possui aproximadamente 1000 quadros perdidos nas paredes de algum marajá, 300 são de Marc Chagall e 220 de Rembrandt. Agora são apenas 100 milhões de euros para a prefeitura de Paris, mas, outras fontes judiciais avaliaram as obras em 500 milhões de euros.
La Pastorale ("A Pastoral"), de Henri Matisse
L'Olivier près de l'Estaque ("A Oliveira próxima a Estaque"), de Georges Braque
La Femme à l'éventail ("A Mulher com leque") de ModiglianiNature morte aux chandeliers ("Natureza morta com candelabros") de Fernand Léger
Lastimável, vamos então aguardar futuras notícias.
Beatriz Albuquerque
Beatriz Albuquerque