segunda-feira, 22 de abril de 2013

Claes Oldenburg um POP em transformação

Navegando pela Folha de São Paulo nesta manhã de 22 de abril, tive o prazer de ler uma reportagem publicada por Blake Gopnik no "The New York Times" a respeito de "Claes Oldenburg: A Rua e a Loja", exposição do artista inaugurada dia 14 deste mês no Museu de Arte Moderna de Nova York.

Spoonbridge and Cherry

O suéco Claes chegou em Chicago expondo uma arte consideravelmente diferente do que a que lhe deu fama. Mas enfim, falar que esta fama não tem relação com suas primeiras obras é descabido. Sem estas mais sombrias e revoltadas, expostas e tendo a devida atenção que receberam na década de 60, nada do que veio de POP colorido, desafiador e provocador teria existido. Foi uma transformação conveniente e compreensível num momento em que segundo Blake Gopnik "Ele foi exposto a essa energia urbana exatamente na hora certa, quando as abstrações vistosas de Jackson Pollock e Franz Kline já pareciam cansadas, mas ninguém sabia o que viria depois".

Dropped Cone
Entendemos essa diferença analisando a instalação "Instantâneos da Cidade", Oldenburg se vestiu de trapos como um mendigo e se contorcendo no meio do lixo finalmente retira dele uma arma de papelão e imita o suicídio. Não foi muito bem recebido. Causava um desconforto muito grande principalmente na década de 60 e se tratando de uma situação comum nas ruas do mundo todo. Infelizmente alguns extremistas torciam para que os mendigos catando o lixo tivessem esse mesmo destino e a "alfinetada" de Oldenburg havia sido dada.

As obras posteriores se transformaram até alcançarem a monumentalidade e configurarem POP Art em todos os aspectos. Estas são algumas das minhas imagens favoritas da arte de Claes. Hoje o artista "se transforma" novamente e estão expostas em Nova York obras de seu lado mais obscuro.



por: Beatriz Albuquerque