quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Parabéns Shyamalan, que Will Smith não te ligue nesta data!

por: Beatriz M. de Albuquerque

Ontem o diretor M. Night Shyamalan fez 43 anos!

Famoso por seus filmes sobrenaturais com toques únicos contemporâneos, Shyamalan é um indiano-americano que atuou na indústria cinematográfica como diretor, roteirista e produtor. Filmes inesquecíveis como “O Sexto Sentido” com Bruce Willis (1999), “Sinais” (2002) e o polêmico “A Vila” (2004) mostraram ao mundo seu estilo, sua assinatura.

O diretor tem uma queda por roteiros com toques sombrios e foi na faculdade em Nova Iorque que Manoj Shyamalan adotou o nome artístico M. Night (Noite) Shyamalan. Conhecido também por usar “reviravoltas” em seus filmes, recentemente viveu uma reviravolta em seus projetos. Segundo entrevista ao repórter indiano Kanchan Thakur, foi em seu aniversário que Shyamalan recebeu o convite para dirigir o fracasso de bilheteria “Depois da Terra” (2013).

“Depois da Terra”, que também é estrelado pelo filho adolescente de Will, Jaden Smith, foi um projeto fruto de muita vaidade, concebido pelo ator e produzido por ele, sua esposa e cunhado. Receita pra dar errado.
“Era meu aniversário e Will Smith me ligou para desejar felicidades. O filme foi seu conceito e ele queria muito que eu o dirigisse. Fiquei impressionado com todo o script e foi assim que "Depois da Terra” nasceu. 

Quando me disse que iria querer seu filho, Jaden, participando, eu fiquei mais intrigado em tentar fazê-los parecer realmente conectados na tela. Eu tive um grande momento ao trabalhar com eles e todos se sentiram como uma família. Nós já estávamos planejando trabalhar em um filme, mas nunca funcionou.”
E dessa vez.. também não deu muito certo.

Enfim, PARABÉNS Shyamalan pelos SEUS projetos e pelo seu aniversário!



Atuou como diretor em:

Wayward Pines (TV series) (pre-production
– Episode One (2014)





2004 A Vila 

2002 Sinais 



1998 Olhos Abertos 


(fonte: imdb.com)


sábado, 3 de agosto de 2013

"Agora, Inês é morta!"... Agora e Sempre...

por: Beatriz M. de Albuquerque

Vejo uma geração que não aceita mais a expressão "agora é tarde". Parece que o comodismo daqueles que alegam que não há mais volta, foi balançado com todas essas passeatas, apesar da resposta pífia do governo. Vejo um grupo que diz, sim votaram/votamos errado, mas não vamos abaixar a cabeça! Desculpe o transtorno: Estamos mudando o país. 

Hoje não vou me perder em questões políticas e análises sociais, apesar de ser um papo bom e que rende muito. Já lemos todos os dias sobre o nosso país acordando e saindo, enfim, da "inércia". Enfim...!! "Agora, Inês é morta!", não é mais a melhor expressão pra tentar enterrar essa "geração zumbi" que saiu dos lugares menos esperados aterrorizando o sistema e expondo as entranhas mais nojentas dessa política corrupta.

Hoje quero falar sobre um outro governo, sobre um outro país, em outra época. Onde uma 'chará', Beatriz, condessa de Albuquerque viveu, reinou e deu a luz a um D. Pedro I vingativo em 1320, (exatamente um dia após o meu aniversário rs..) no dia 8 de Abril, em Portugal (ariano arretaaado!). Foi por conta desse camarada que a expressão "Agora, Inês é morta!" surgiu.

A história desse casal é complicada, dramática, bem novela mexicana misturada com Game of Thrones, mas vamos lá... afinal casamentos arranjados, assassinatos e cargos disputados no Brasil de hoje não faltam!

Super Resumão baseado em pesquisa rápida pela web:

- Pedro é conhecido pela sua relação com Inês de Castro, a aia galega (vulgo empreguete chique) da sua esposa de sangue real, Constança, com quem casara por conveniência aos 19 anos. Este romance notório começou a ser comentado e mal aceito, tanto pela corte como pelo povoAssim, em 1344, o rei mandou exilar D. Inês no castelo de Albuquerque.
- Um ano depois sua esposa Constança morre e D. Pedro, contra a vontade do pai, mandou D. Inês regressar do exílio e os dois passaram a viver juntos, o que provocou mais escândalo (não tinha Globo na época.. e mesmo assim). Tiveram os filhos Afonso, Dinis, João e Beatriz (mais uma rs..).
- Na tentativa de saber a verdade sobre um suposto casamento secreto de Pedro e Inês, o Rei ordenou a dois conselheiros seus que dissessem a D. Pedro que ele podia se casar livremente se assim o pretendesse. Pedro (malaaandro) percebeu que se tratava de uma cilada e respondeu que não pensava casar-se nunca com D.ª Inês.
- Inês acabou sendo assassinada na frente de seus filhos por ordens do rei em 1355, com 30 anos, enquanto Pedro estava fora caçando. O rei queria abafar a questão e forçá-lo a casar-se com alguém da nobreza. Mas isso não trouxe Pedro de volta à influência paterna (claro! :/). 
- Entre 1355 e sua ascensão à coroa, Pedro revoltou-se contra o pai pelo menos duas vezes, e nunca lhe perdoou o assassinato de Inês. Aguardou o momento oportuno porque sua hora iria chegar. Aclamado rei dois anos depois, Pedro anunciou em junho de 1360, o casamento com Inês, realizado em segredo antes da sua morte, sendo sua intenção a ver lembrada como Rainha de Portugal.
- Dois assassinos de Inês foram capturados e executados (Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves) com uma brutalidade que rendeu a Pedro seus apelidos (a um foi arrancado o coração pelo peito, e a outro pelas costas, enquanto Pedro jantava). 
Enquanto suplicavam Pedro disse: "Agora é tarde, Inês é morta".


Fato curioso, mas sem provas concretas, são os relatos posteriores ao séc XVI que contam que D. Pedro desenterrou sua amada e obrigou os nobres a procederem à cerimônia do beija-mão real ao cadáver, sob pena de morte! ("vai ter que beijaaar!")
Ordenou a construção de dois túmulos (verdadeiras obras-primas da escultura gótica em Portugal), os quais foram colocados no Mosteiro de Alcobaça para que, no dia do Juízo Final, os eternos amantes, então ressuscitados, de imediato se vejam...
Contra a influência papal ;] (rs.. tá vendo) foi ele que promulgou o famoso Beneplácito Régio, que impedia a livre circulação de documentos eclesiásticos no país sem a sua autorização expressa.
Foi justo na defesa das camadas menos favorecidas da população. D. Pedro reinou durante dez anos, sendo tão popular ao ponto da população dizer:
"que taes dez annos nunca ouve em Portugal como estes que reinara el Rei Dom Pedro".


Pois é isso ai.. Mesmo com Inês morta, Pedro continuou a lutar por ela e pelo país.
Acomodados.. ACORDEM!