Por: Beatriz Albuquerque
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O Museu do Índio é um centro cultural extremamente bem localizado, que já atrai o visitante pela sua própria fachada. Não somente por ser uma construção antiga, mas por engenhosamente transformar a fachada em local expositivo. Durante a visita, a exposição fotográfica de personagens indígenas nacionais fascinava e chamava a atenção de qualquer transeunte. Isso, a meu ver, foi uma forma criativa e de bom gosto, já que as imagens são lindas, de conquistar o público das redondezas e de surpreender o visitante.

No interior o que me chamou a atenção foi o fato de imediatamente ter sido mergulhada em uma atmosfera totalmente discrepante da externa. O som da natureza, da água, elemento tão importante no folclore indígena e muito bem explicado na exposição, fazem com que o visitante perceba que está entrando em outro território que nada tem a ver com a metrópole.
Logo na entrada fui abordada por uma funcionária que indicou o circuito da exposição, nos deu panfletos do museu e afirmou que explicaria qualquer dúvida caso achássemos necessário. Em geral a exposição foi bem esclarecedora, acolhedora e interativa principalmente na sala oito, pintura corporal e na sala dois, turé.
Não esperava que os objetos fossem atuais, apesar de fazer muito sentido, pois as tribos estão presentes no país e culturalmente muito vivas. Surpreendi-me com o realismo da sala 12 (casa) que mostra como é o índio hoje, o que ele absorveu da cultura metropolitana e o que preservou e modificou. O único ponto negativo é a iluminação fraca dos textos o que cansa um pouco a leitura. Mas, no geral, esse museu está de parabéns!
Nota 9,9.
link do museu: http://www.museudoindio.org.br/